Acordei com uma dor de cabeça gigante.
Adormeci após chorar muito, no chão mesmo. Levantei e senti minha coluna
reclamar de uma dor na região lombar. Fui para cama e deitei. Ainda eram seis
da manhã, era domingo. Resolvi dormir mais um pouco e logo iria para minha “casa”.
Acordei às nove da manhã. Tomei um banho gelado, me arrumei e após comer uma
salada de frutas, Vanessa fui me deixar em casa. Ela me deu conselhos durante o
caminho, e jurou castrar Luan caso ele estivesse me traindo. Ri de sua cara de
raiva, só ela mesma para me fazer rir numa situação dessas.
Quando abri a porta, meu pai e Bernadete já
me esperavam na sala. Tive que ser forte para não abraçar meu pai e chorar em
seu colo. Berê permaneceu inerte. Ficou sentada no sofá apenas me olhando com
uma cara de “me desculpe, mas sou sua mãe”. Sentamos no sofá, e eles me explicaram
toda situação. Meus pais se conheceram na faculdade. Ela cursava biologia, e
ele Engenharia Civil. Logo começaram a namorar, e quando meu pai concluiu o
curso e conseguiu um emprego, eles se casaram. Vieram para o Rio de Janeiro, e
poucos meses depois descobriram que minha mãe estava grávida. Ela perdeu o bebê
e quando estavam saindo do hospital, encontraram Bernadete prestes a ter o
bebê.
Ela não tinha condições de me criar, seu namorado na época havia sumido,
e sua família havia a expulsado de casa. Ela estava morando com uma tia, que
vivia apenas de sua aposentadoria. Meus pais resolveram a ajudar, me criariam e
em troca ela iria ganhar uma casa e uma boa quantia em dinheiro até eu parar de
mamar. Mas o plano não deu certo. E por
ironia do destino, eu me apeguei bastante à Bernadete. Ela era minha segunda
mãe, isso tinha não como negar. Minha mãe
lutou muito para que ela permanecesse convivendo conosco, e como meu pai cedia
tudo para ela, acabou aceitando. Eles me explicaram outras coisas, mas eu não
ouvia mais nada. Desabei no choro e abracei meu pai.
Não poderia julga-lo. Muito menos
Bernadete, lógico que o que eles fizeram comigo fora totalmente injusto, mas
sua situação era realmente muito complicada. Ainda demoraria um certo tempo
para eu poder separar as coisas. Saber realmente definir as coisas, e também me
estabelecer em relação a Luan. É tanta coisa, quero me esconder. Chorar, chorar
e chorar.
tadinnha da manu, ela nao podia ter `separado` do luan logo agora =(((( by ghabriela ferri
ResponderExcluirFlor vc não vai continuar a fic não?! Quero +++++ rs
ResponderExcluir@gagaujapas2